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São Paulo, sexta-feira, 2 de abril de 2004

Fraudes no e-commerce têm os dias contados

Novos recursos tornam as transações mais seguras



Muitos internautas ainda têm receio de informar seu número de cartão de crédito na web. Mas enchem o tanque e entregam seu cartão ao frentista sem medo. Este pode facilmente copiar os dados do cartão e utilizá-los para fazer compras pela internet.

Por esta razão, muitos empresários ainda temem vender com cartão em suas lojas virtuais. Mas na loja física aceitam cartão sem checar qualquer outra documentação do cliente. Basta que a maquineta mostre "Transação OK" em seu visor e a venda já está aprovada, mesmo para aquela esposa que distraidamente usou o cartão de seu marido.

É fácil explicar a origem destas distorções: tudo é uma questão de quem fica com o prejuízo.

Ao consumidor lesado basta solicitar à administradora o estorno de lançamentos indevidos na fatura seguinte. No comércio tradicional, nas vendas para a esposa distraída ou para o fraudador profissional, o prejuízo é dos bancos ou das administradoras de cartão. Nas vendas pela web, realizadas através de "cartão não presente", quem paga o pato é quase sempre o lojista.

Para se proteger de fraudes, as lojas virtuais fazem uma análise criteriosa de cada pedido feito com cartão. Os recursos mais utilizados para esta análise são consultas ao SPC, Serasa, verificação de CPF, CEP e telefone. De acordo com o valor e o perfil do pedido, ligam para o cliente e para outros telefones obtidos através destas consultas.

Estas distorções estão sendo gradualmente corrigidas pelas empresas de cartão de crédito, através da criação de dispositivos de autenticação de vendas feitas pela web, tornando-as mais seguras para consumidores e lojistas.

No final de 2003 a Visanet divulgou sua solução para o problema. Trata-se do Verified by Visa (VbV), que permite que as compras feitas pela web sejam autenticadas através da senha de home banking do banco emissor do cartão. Neste sistema, o cliente digita apenas os 6 primeiros dígitos do cartão, em site seguro da própria Visanet. Em seguida, o cliente é remetido a uma página de seu home banking para autenticar a transação, onde deverá informar sua agência, sua conta e sua senha de acesso. O número completo do cartão não é solicitado e nunca é enviado à loja virtual, que recebe apenas o identificador da transação (TID) e a autorização do banco.

A Mastercard promete para este semestre um sistema semelhante ao VbV, denominado SecureCode. O sistema funcionará assim: quando optar pelo MasterCard na hora do pagamento, o e-consumidor abrirá automaticamente uma nova janela, em ambiente seguro, onde deverá digitar os seis primeiros números do seu cartão de crédito. O sistema de autenticação do comprador, que aparecerá na janela seguinte, vai variar de banco para banco - mas, segundo o diretor de e-commerce e e-business da Mastercard, Marcelo Leite, deve ser baseado no esquema agência + conta corrente + senha de internet.

Agora é a vez das lojas virtuais implantarem os novos sistemas, o que só pode ser feito por desenvolvedores profissionais. Este processo é bastante facilitado se a loja já utiliza solução de comércio eletrônico integrada às administradoras. Um bom exemplo é o FastCommerce, desenvolvido pela Rumo Informática. Este sistema, adotado por centenas de lojas virtuais, foi um dos primeiros a disponibilizar o VbV a todos os sites afiliados. Segundo Fábio Pires, executivo de mercado da Rumo Informática, "finalmente o lojista pode dormir tranqüilo. As compras feitas pelo VbV, ao serem autenticadas pelo banco emissor, são protegidas contra o temido chargeback, que é o estorno de transações de pedidos já remetidos." A homologação do VbV na loja, feita pela Visanet, leva no máximo 10 dias úteis.

Para o internauta, o cartão de crédito permanece como o meio de pagamento mais seguro para comprar pela internet. Por isto, e pelas facilidades de parcelamento oferecidas pelas lojas virtuais, é utilizado em 80% das vendas feitas pela web. A novidade é que agora o lojista também está tranqüilo para vender com o chamado dinheiro de plástico.